janeiro 29, 2003

Aprendizado Alternativo

Todo mundo sabe que o animais sofrem maus tratos pelo mundo a fora... eu acho que isso faz parte da educação, mas educados ou não cientistas usam cobaias em experimentos tortuosos em nome da ciência e não importa se são ratos, coelhos, macacos,cachorros entre outros cobaias.
Para se te uma idéia a Fundação Osvaldo Cruz-FIOCRUZ , usam anualmente 200 mil animais em pesquisas de laboratório.
Não sou ingênua em achar que essa prática realizada no mundo inteiro será extinta, mas acho que temos algumas alternativas pra isso em algumas áreas, na educação por exemplo e também não seria eu uma hipócrita de dizer que fiz um curso de biologia e não sacrifiquei nenhum cobaia (conto um episódio no final), mas todas as idéia mirabolantes que alguns de meus professores tinha para fazer e que usavam cobaias sempre dava um jeitinho de escapar.
Hoje em dia até os cadáveres das aulas de anatomia já estão sendo substituído por bonecos, por que as aulas de fisiologia entre outras não podem ser usados protótipos o que iria demonstrar do mesmo jeito e melhor sem bagunça, sem mal cheiro, sem sangue pra todo lado, sem cortes no dedo com bisturi (tem sempre alguém que corta).
Quando se entra na faculdade sempre temos a mente "lapidada" para tal profissão, mas talvez alguns estudantes já venham com opiniões formadas sobre um ou outro assunto através de experiências do cotidiano, vou ilustrar alguns exemplos sobre o assunto.
Um estudante de biologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recusou-se a participar da vivissecção de um cachorro durante uma aula de fisiologia, minutos antes da demonstração ele consegui salvar o cão retirando-o da sala com ajuda de duas colegas. Seu gesto foi apoiado por vários estudantes, causou polêmica e a prática de sacrifício de cães acabou substituída por vídeos que mostra me detalhes o experimento.
Na minha turma um colega inventou logo no começo do curso que queria fazer taxidermia (técnica que dessecar, empalhar, monta esqueletos e etc.) em qualquer animal, meu professor deu a deixa que se ele arrumasse o animal ele ajudaria com alguns toques e que eles poderiam usar o laboratório de fisiologia (que ficava no mesmo corredor que os laboratórios de anatomia , citologia etc), coincidentemente no outro dia eles apareceram com um cachorro morto(obviamente), dizendo que o cachorro havia morrido na esquina da casa de um deles ( por que agora eram 3 colegas juntos na façanha), resultado eles quase foram expulsos ( exageradamente falando) da faculdade por que simplesmente virou uma carniça o bloco inteiro e as aulas dos demais laboratórios foram suspensas por dias por que ninguém suportava ficar lá!!!
Quando fui cursar fisiologia humana , nossa primeira prática foi com o sacrifício de um rato vivo , claro que devidamente dopado, mas eu fiquei com tanta dó, com tanta dó do bichinho que nem após doses cavalares (esqueci o nome do fármaco que aplicávamos) ele não morreu...Enquanto eu o abria dava pulos... a cada pulinho era um grito... e ninguém entendia por que eu estava gritando tanto, até que um colega ( o Saulo) veio me dar uma assistência e viu que o danadinho ainda estava vivo, mesmo depois de aberto... ai o meu Professor disse para que eu aplicasse mais do tal fármaco, mas sem sucesso...não terminei a prática catei minhas tralhas e nunca mais voltei a nenhuma pratica com animais vivos e olha que eu até curtia (tirando o mal cheiro) nas aulas de taxidermia , mas essas eram feitas com animais que eram achados atropelados ou morriam no zoológico ( na maioria eram animais silvestres).
Mas acho que os protótipos são a melhor saída.... ainda vou inventar materiais didáticos, como protótipos feitos de acrílicos, massa, isopor... etc!!

"Hoje luto por uma educação mais humanitária , que não exige do estudante a violação de suas convicções éticas e morais, nem que animais sejam mortos neste ritual ultrapassado e desnecesssário" Thales Tréz ( estudante de biologia da UFSC)

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