setembro 10, 2003

Uma daquelas emocionantes histórias tristes


Era menino
E ela não via.
Passavam pássaros e tempo,
E ela não vinha.

Vinhos em bebedeiras,
Cravos e espinha,
E ela não vinha.

De tanto tempo,
No tempo ele veio
E ela não viu.

Era apaixonado,
Dos completamente loucos,
E ela talvez fingisse
Que não via.

Era homem
De temores meninos
E ela não via.

Era criança
Com ambições de homem,
E ela não via.

Era louco de delírios.
E ela olhava.
De longe,
Longe...

Deu a ela
A condição de estrela.
Fulgor de suas alucinações.

Ela brilhava distante.
Ele, servo de luz,
(Des)Esperava.

A noite passou,
Ela se foi com a manhã,
Ele morreu.
De tanta escuridão.

Um sol nasceu, que sóis nunca se negam.

Costa Abrahão


O sol nasceu e "deu os ombros" !

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